terça-feira, 6 de novembro de 2007

HOUVE UMA VEZ DOIS VERÕES

O longa de estréia do premiado diretor Jorge Furtado(Ilha das Flores, O Sanduíche) é um projeto modesto, despretensioso, de baixo orçamento, com atores inexperientes, filmado todo em digital(decisão do próprio Furtado por conta da inexperiência do elenco) e foi rodado em apenas 23 dias.
“Houve Uma Vez Dois Verões” é tudo aquilo que “American Pie” não conseguiu ser: primeiramente, um filme inteligente. É um filme adolescente que mostra a descoberta do primeiro amor, a primeira decepção e a primeira dor, tudo isso carregado de bom humor.
A história se passa na maior e pior praia do mundo (frase dita pelo personagem Chico). Nessa mesma praia, esse mesmo personagem, conhece Roza, garota ambiciosa que só pensa em juntar dinheiro e ir embora para a Austrália. O conflito acontece na forma em que Roza consegue dinheiro: ela transa com garotos virgens e depois os engana dizendo que está grávida e pede dinheiro para fazer o aborto.
No cinema brasileiro nenhum artista conseguiu captar a alma jovem/adolescente como Jorge Furtado.
O filme se comunica muito bem com sua platéia, a narrativa é muito eficiente e os personagens são tratados com uma enorme delicadeza.

Rodolfo Campello Santos